A ciência global agora vale aqui

A nova resolução do CFM que vai mexer com a inovação no país

Bom dia. O Senado aprovou novas regras para as bets: limites mais rígidos, obrigação de informar os riscos, restrição de conflitos de interesse e maior proteção para o público jovem. Ótima notícia. Na longevidade, um dos pilares é evitar toxinas e o jogo de azar, ainda que pouco discutido sob esse prisma, claramente se encaixa nesse conceito.

🔎 RESUMO DA EDIÇÃO DE HOJE (TL;DR)

⚖️ O CFM aprovou uma nova regra que permite usar estudos internacionais na aprovação de procedimentos médicos no Brasil. Uma mudança que pode acelerar a inovação.

🔬 Gêmeos digitais na medicina. Um modelo que projeta o futuro da sua saúde a partir de dados contínuos e pode abrir caminho para uma medicina muito mais personalizada.

💊 A Coenzima Q10 virou moda, mas o que a pesquisa realmente mostra? Um panorama direto sobre onde a ciência apoia seu uso e onde o entusiasmo ainda corre na frente da evidência.

💡 Notícias da semana. Estudo mostra que exercício reduz risco de recorrência do câncer de cólon. Healthtech Omada Health prepara IPO. FDA autoriza IA da Clairity para prever risco de câncer de mama. Novo estudo testa troca de plasma como intervenção contra o envelhecimento. NHS no Reino Unido avança com IA de predição populacional. Novo estudo sobre o mercado de Wellness.

📚 Vale Saber. Produtividade Lenta: a proposta de Cal Newport para reduzir o estresse e sustentar performance com três princípios simples.

TECNOLOGIA

O Espelho Inteligente: Seu gêmeo digital

Imagine um espelho. Não um simples pedaço de vidro que reflete sua imagem pela manhã, mas um espelho vivo, inteligente e virtual. Um espelho que não mostra apenas a superfície, mas mergulha nas suas profundezas: o ritmo do seu coração, a eficiência dos seus pulmões, a dança das suas células diante de um novo tratamento, até os seus genes. Mais do que isso, este espelho não apenas reflete o presente; ele espia sobre futuros possíveis, alertando para problemas no horizonte da sua saúde antes mesmo de dar sinais. Tudo por meio de dados.

Este espelho tem nome: Gêmeo Digital (Digital Twin)

De onde vem esse conceito?

Gêmeo Digital vem da ideia de termos uma cópia virtual de algo. Essa duplicação em código e dados pode soar como ficção científica, mas nasceu de necessidades bem reais. Durante a era Apollo, a NASA já mantinha "gêmeos" em terra dos foguetes para simular e resolver problemas que surgiam no espaço. Convenhamos, bem mais barato simular e errar virtualmente que na prática. Décadas depois, no início dos anos 2000, Michael Grieves formalizou o conceito ao buscar levar a agilidade do mundo digital à complexidade da manufatura.

O termo "Gêmeo Digital" pegou justamente por sua força: não se trata de um simples modelo 3D, mas de uma réplica viva, alimentada por um fluxo constante de dados que mantém o virtual em sincronia com o real. E tudo começou muito longe do mundo da saúde.

Como funciona um Gêmeo Digital?

Pense nele em 4 partes:

  • A Réplica Viva: o retrato digital do paciente, alimentado por sensores, exames, wearables e registros médicos.

  • Modelos Preditivos: algoritmos que simulam cenários futuros: E se mudarmos a dose? E se houver uma nova infecção?

  • Simulador de Consequências: um laboratório virtual para testar hipóteses e avaliar riscos antes de agir.

  • O Cordão de Dados: o fluxo bidirecional que mantém o virtual e o físico conectados em tempo real.

O que esse sistema oferece é mais do que monitoramento. É a capacidade de prever, antecipar e ajustar ao longo do tempo. Desde foguetes, pontes, cidade e até nós mesmos. E é justamente na saúde que esse conceito tem suas maiores promessas.

Quer conhecer um pouco da matemática por trás? Veja esse paper recente.

As aplicações que já existem

O Ensaio Geral da Cirurgia - Antes de uma operação complexa, o cirurgião pode interagir com o gêmeo digital do paciente: navegar por sua anatomia 3D, simular tecidos e testar abordagens cirúrgicas. Como um simulador de voo pessoal, reduz riscos e prepara médicos iniciantes com segurança.

O laboratório virtual acelerado - Com os ensaios in silico (no computador), pesquisadores testam medicamentos em populações de gêmeos digitais. Conseguem identificar candidatos promissores e antecipar efeitos adversos antes dos testes em humanos. A inovação chega ao paciente com mais segurança e muito mais rapidez.

Hospitais mais inteligentes - Além do corpo humano, os gêmeos digitais também espelham sistemas hospitalares. Modelos virtuais de emergências e centros cirúrgicos permitem aos gestores simular fluxos de atendimento e alocação de recursos, antecipando gargalos e otimizando processos antes de mudanças físicas.

O que dizem os pioneiros

Como resume o professor Sergio Pillon:

"O Gêmeo Digital precisa ser para a saúde o que a telemetria é para a Fórmula 1: identificar problemas antes do acidente."

Mas para realizar essa promessa, será preciso filtrar o enorme volume de dados gerado e a inteligência artificial entra como aliada essencial para transformar essa avalanche em sinais clínicos úteis.

Além disso, essa nova medicina exigirá um ecossistema ampliado de profissionais, incluindo treinadores, nutricionistas e cuidadores, atuando proativamente junto a indivíduos. E inclusive de empreendedores. Escrevo isso com alto grau de certeza, baseado nos quase 15 anos que vivi construindo uma empresa de dados no mercado de saúde.

Como cada um pode se preparar

1. Torne-se fluente em seus dados: Não basta coletar dados de wearables. Entenda o que significam suas variações de sono, glicose, frequência cardíaca, outros. Questione seus médicos.

2. Cultive a mentalidade preventiva: A saúde do futuro é preditiva. Não espere o alerta. Cuide dela.

3. Abrace a tecnologia com discernimento: Wearables e algoritmos são aliados, não oráculos. O gêmeo digital é um conselheiro, mas a decisão final sempre será sua.

4. Valorize e proteja seus dados: Seus dados são valiosos para você e para a ciência. Compartilhe com cuidado.

5. Estude IA: A cada novo modelo as capacidades de análise ficam maiores. É exponencial. Ter esse conhecimento vai permitir aproveitar melhor as inovações que irão surgir.

O Gêmeo Digital não é uma solução mágica. Privacidade, vieses, ruídos e dados sujos precisam ser enfrentados com seriedade. Mas ele representa algo maior: um novo pacto com nossa própria saúde. Mais informado, mais proativo, mais pessoal.

Preparar-se para isso, não é virar expert em tecnologia. É se tornar um expert em si mesmo, usando o espelho inteligente como co-piloto da sua saúde.

REGULAÇÃO

A ciência global agora vale aqui

Durante anos, a medicina brasileira foi espectadora de uma corrida que acontecia lá fora. Enquanto terapias celulares ganhavam espaço em clínicas norte-americanas, enquanto novas drogas modificadoras de doenças neurodegenerativas começavam a redesenhar o horizonte do Alzheimer, enquanto tecnologias de edição genética davam os primeiros passos fora dos laboratórios, o Brasil caminhava em outro ritmo. Não por falta de médicos qualificados. Nem por falta de centros de excelência. O freio vinha de outro lugar: do tempo exigido para reconhecer formalmente essas práticas dentro do país. Faltava um mecanismo regulatório capaz de dialogar com a velocidade da ciência global.

Uma mudança importante acaba de acontecer

No dia 14 de maio, o Conselho Federal de Medicina publicou a Resolução nº 2.428/25. Pode não ter ganhado manchetes fora do meio médico, mas o impacto dessa norma, ao longo dos próximos anos, pode ser enorme para quem busca saúde e longevidade no Brasil. Pela primeira vez, o CFM passa a admitir, de forma oficial e estruturada, que estudos realizados no exterior poderão ser considerados na análise de novos procedimentos médicos por aqui. Na prática, o Brasil passa a importar conhecimento validado, e não apenas tecnologias prontas.

O gargalo que bloqueava muitos avanços

Essa mudança mexe justamente com o gargalo que bloqueava muitos avanços. Até agora, mesmo quando uma terapia já havia sido aprovada por entidades reguladoras de referência — como FDA ou EMA —, o Brasil frequentemente exigia um longo processo de produção local de dados antes de considerar o procedimento como prática reconhecida. O resultado eram anos de demora para terapias que já haviam demonstrado segurança e eficácia em grandes populações internacionais.

Um exemplo emblemático desse atraso é a terapia celular CAR-T, aprovada nos Estados Unidos em 2017 e que só começou a ser acessível a pacientes brasileiros anos depois, muitas vezes por vias judiciais ou em caráter experimental. Para quem vive com doenças graves, cada ano de espera pode significar a diferença entre esperança e desfecho irreversível.

Agora, esse caminho passa a ser encurtado. E a decisão não foi tomada de forma improvisada. A nova resolução estabelece critérios claros de admissibilidade, exige rigor técnico na submissão dos pedidos e mantém o foco na segurança do paciente. Mas traz, sobretudo, um elemento de modernização: reconhece que a ciência é global. Que o conhecimento não respeita fronteiras geográficas. E que negar acesso a evidências sólidas só em função de sua origem limita o próprio desenvolvimento da medicina brasileira.

O que muda na prática

  • Estudos internacionais de alta qualidade agora podem embasar a aprovação de novos tratamentos no Brasil.
  • O tempo de acesso a terapias inovadoras tende a diminuir consideravelmente.
  • Clínicas e profissionais precisarão se atualizar ainda mais para acompanhar a ciência global.
  • O paciente terá mais opções, mas também mais responsabilidade na escolha de tratamentos.
  • O impacto sobre a longevidade

    O impacto sobre o campo da longevidade vai ser profundo. Muitas das frentes mais avançadas de pesquisa no mundo estão justamente nos territórios onde envelhecimento, prevenção e personalização clínica se encontram. Terapias celulares personalizadas, intervenções epigenéticas, programas de otimização metabólica baseados em análises multiômicas, uso de big data e IA para individualizar tratamentos preventivos. Várias dessas abordagens já vêm sendo testadas e aplicadas em centros privados e estudos internacionais com milhares de pacientes. A nova norma cria, pela primeira vez, um canal regulatório para que parte desse conhecimento científico possa ser analisado de forma mais célere também no Brasil.

    Oportunidades e riscos no mesmo pacote

    Claro, essa abertura traz oportunidades e riscos. Há espaço para que empresas sérias, healthtechs e profissionais atualizados se conectem com a fronteira real da ciência aplicada. Mas existe também o risco sempre presente dos modismos, da pseudociência, dos discursos comerciais travestidos de inovação. Por isso, o movimento exige um protagonismo também de quem busca essas terapias: buscar profissionais que dominem o conhecimento técnico, acompanhem a literatura internacional com rigor e saibam filtrar o que tem evidência do que tem apenas apelo de marketing.

    Nesse novo cenário, o paciente também ganha voz ativa: questionar, buscar segundas opiniões e principalmente exigir transparência sobre os riscos e benefícios das novas abordagens e o estudos que embasam os tratamentos. 

    No fim das contas, estamos entrando em um novo capítulo regulatório. Não se trata de transformar pessoas em cobaias de experimentos precoces. Mas de construir, com responsabilidade, um caminho para que o Brasil participe da vanguarda mundial da medicina de precisão. Uma porta foi aberta. Agora cabe saber quem terá coragem, competência e ética para atravessá-la.

    SUPLEMENTO

    Coenzima Q10: o que sabemos

    Você já deve ter cruzado com esse nome. Em rótulos de suplementos, conversas sobre saúde, ou artigos prometendo mais energia, um coração mais saudável e até um possível freio no envelhecimento. Mas em meio a tantas promessas, o que realmente está comprovado?

    Vamos direto ao que a ciência já estabeleceu e onde as perguntas ainda seguem abertas.

    CoQ10: a faísca e o escudo das células

    A CoQ10 está presente em praticamente todas as células do corpo, daí seu nome técnico, ubiquinona, derivado de "ubíquo" (onipresente). Existe em duas formas principais, ubiquinona e ubiquinol, que o organismo intercambia constantemente.

    Sua função central acontece nas mitocôndrias, onde participa da produção de ATP, a principal moeda energética do organismo. Sem CoQ10 suficiente, o maquinário de produção de energia falha. Mas seu papel não se limita à energia: na forma reduzida (ubiquinol), a CoQ10 atua como um antioxidante interno potente, neutralizando radicais livres. Subprodutos do próprio metabolismo que, se acumulados, contribuem para o envelhecimento e o dano celular. Uma das marcas do envelhecimento.

    O corpo é capaz de produzir CoQ10 naturalmente, mas essa capacidade diminui com o avanço da idade. Medicamentos como as estatinas também reduzem a produção da CoQ10. Doenças crônicas e níveis elevados de estresse oxidativo podem comprometer ainda mais as reservas, o que ajuda a explicar o crescente interesse na sua suplementação.

    Onde a suplementação mostra valor

    A força da evidência científica para a CoQ10 varia bastante entre os diferentes usos propostos. Algumas áreas já contam com suporte robusto, outras ainda seguem em construção.

    Antioxidante e anti-inflamatório

    Estudos mostram que a suplementação pode aumentar a capacidade antioxidante geral do corpo e reduzir marcadores de dano oxidativo. Também há reduções observadas em marcadores inflamatórios importantes, como PCR e IL-6, o que pode ser relevante em quadros de inflamação crônica de baixo grau.

    Prevenção de enxaquecas

    A evidência aqui é consistente. Em doses de 300 mg por dia, a CoQ10 demonstrou reduzir a frequência e duração das crises de enxaqueca tanto em adultos quanto em crianças, com efeito cumulativo após algumas semanas.

    Saúde cardiovascular e metabólica

    Nos estudos com insuficiência cardíaca, a CoQ10 mostrou reduzir o risco de mortalidade e melhorar a capacidade de exercício em alguns pacientes, mas sem impacto direto na função cardíaca estrutural. Em diabetes tipo 2, há sinais de melhora no controle glicêmico com uso prolongado e doses mais altas. Já os efeitos sobre colesterol e triglicérides variam conforme o perfil de cada paciente, com resultados positivos em alguns grupos e neutros em outros.

    Outras áreas em investigação

    Existem estudos exploratórios em andamento para o uso da CoQ10 em fibromialgia, saúde da pele, fertilidade (tanto masculina quanto feminina), melhora da performance física e redução de efeitos adversos associados ao uso de estatinas. São campos promissores, mas que ainda exigem estudos maiores e mais consistentes.

    Dosagem: o que os estudos mostram

    As doses mais estudadas variam conforme o objetivo:

    • Para uso geral, a faixa habitual vai de 100 a 200 mg por dia.

    • Para alvos específicos, como prevenção de enxaqueca, doses de 300 mg por dia têm sido eficazes.

    • Doses elevadas (até 1200 mg por dia) foram testadas e mostram segurança, mas não indicam, até o momento, benefícios adicionais claros.

    Por ser lipossolúvel, a absorção da CoQ10 melhora significativamente quando administrada junto a refeições contendo gordura. Formulações com óleo transportador também favorecem a biodisponibilidade. As duas formas disponíveis no mercado (ubiquinona e ubiquinol) são eficazes, com o ubiquinol mostrando absorção ligeiramente superior em alguns grupos, especialmente idosos.

    Segurança e interações: o que saber

    De maneira geral, a CoQ10 é considerada segura mesmo em doses altas e por períodos prolongados. Os efeitos adversos relatados são raros e leves, envolvendo principalmente sintomas gastrointestinais passageiros. A principal interação medicamentosa relevante envolve o uso concomitante com anticoagulantes como a varfarina. Nestes casos, o uso da CoQ10 deve ser discutido com o médico e monitorado de perto. Interações com outros medicamentos são pouco comuns, mas há registros teóricos envolvendo fármacos como a teofilina.

    Como qualquer intervenção, a CoQ10 não é uma solução universal, mas sim uma ferramenta com potencial terapêutico real em situações bem indicadas. Se você tem interesse, a decisão de suplementar deve ser sempre individualizada, considerando contexto clínico, objetivos e a orientação de profissionais de saúde.

    NOTÍCIAS

    O que mais está acontecendo?

    💡 No Reino Unido, o projeto Foresight está treinando um modelo de IA com dados de 57 milhões de pessoas do NHS para prever riscos de saúde populacional e antecipar doenças. A iniciativa busca apoiar políticas preventivas e personalizar tratamentos, mantendo a privacidade dos pacientes. 

    💡 Uma matéria recente no NYT mostra potenciais benefícios para a troca parcial de plasma, um procedimento já usado em algumas doenças, mas que agora começa a mostrar sinais de reduzir marcadores de envelhecimento. O tema ganhou atenção extra com o interesse recente do Matt Kaeberlein. Cenas dos próximos capítulos.

    💡 A Clairity recebeu autorização do FDA para o primeiro sistema de IA capaz de prever risco de câncer de mama nos próximos 5 anos a partir de um exame de mamografia de rotina. A tecnologia analisa padrões invisíveis ao olho humano e pode ajudar na personalização da prevenção.

    💡A Omada Health, healthtech americana especializada em doenças crônicas como diabetes e hipertensão, definiu faixa de preço para seu IPO na Nasdaq, buscando captar até US$ 158 milhões e atingir valuation de cerca de US$ 1,1 bilhão. Fundada em 2012, a Omada funciona como um coach digital que acompanha o paciente entre consultas e ajuda a manter mudanças de comportamento.

    💡 No congresso anual da ASCO, foi apresentado um estudo de 16 anos mostrando que pacientes com câncer de intestino que fizeram um programa supervisionado de exercícios tiveram 28% menos chance do câncer voltar e 37% menor risco de morte, comparados a quem recebeu apenas orientações gerais.

    Wellness 2025 - NielsenIQSaiu o Global State of Health Wellness 20257.16 MB • PDF Arquivo

    VALE SABER

    “Essas descobertas levaram a uma nova forma de pensar sobre como organizamos o trabalho, dando origem a uma alternativa clara ao modelo que hoje nos leva à exaustão: Produtividade Lenta.
    Uma filosofia para estruturar o trabalho intelectual de forma sustentável e com real significado, baseada em três princípios:

    1. Fazer menos coisas

    2. Trabalhar no ritmo natural

    3. Obsessão pela qualidade

    Essa abordagem rejeita o excesso de tarefas, enxergando a sobrecarga como um obstáculo, não como um sinal de mérito. Defende que o trabalho deve acontecer em ritmos variados e mais humanos, com períodos intensos, equilibrados por momentos de recuperação em diferentes escalas de tempo. No centro de tudo, não está a atividade performática, mas sim a entrega de alta qualidade.”

    — Fonte: Slow Productivity - Cal Newport

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