O impacto do celular na sua vida

Conheça os resultados de quem reduz o uso desse dispositivo. Você encararia o desafio?

Bom dia. Depois do SXSW 2025, todo mundo falando de curiosidade. E faz sentido.

Curiosidade é o que move aprendizado de verdade. Tenha curiosidade sobre o seu corpo. Lembre-se que os sintomas são um tipo de presente. O seu corpo está falando com você.

🔎 RESUMO DA EDIÇÃO DE HOJE (TL;DR)

🥗 Qual dieta ajuda mais a envelhecer com saúde? Um estudo que acompanhou 105 mil pessoas por 30 anos revelou qual dos oito padrões alimentares aumenta mais suas chances de chegar aos 75 com saúde plena.

📵 Celular e saúde mental: Um estudo publicado na PNAS Nexus acompanhou 467 pessoas que bloquearam o acesso à internet do celular por 2 semanas. O resultado? Melhoras significativas na atenção, saúde mental e bem-estar subjetivo. O impacto foi tão forte que resolvemos testar na prática — e começamos um desafio pessoal com as mesmas regras.

🧠 Sono e transtornos mentais: Um artigo na Molecular Psychiatry mostra que distúrbios no relógio biológico podem não ser só sintomas, mas causas diretas de doenças mentais como depressão, bipolaridade e esquizofrenia. A ciência começa a tratar o sono como pilar preventivo.

🧬 Notícias da semana: Apple prepara seu “médico de IA” para 2026, Garmin lança plano premium com insights de performance, novo app Rejuve promete transformar dados em tokens, exame de sangue detecta Alzheimer com 92% de precisão, e clínicas de longevidade revelam o que estão fazendo (e enfrentando) ao redor do mundo. Ah — e o Google investiu US$ 600 milhões no mundo dos medicamentos descobertos por IA.

📚 Vale Saber: Peter Attia sobre por que encarar a vulnerabilidade foi tão importante quanto qualquer tática de saúde física.

NUTRIÇÃO

Como a nutrição impacta a longevidade?

Foto por Louis Hansel na Unsplash

Fazer um estudo científico sobre a longevidade não é tarefa fácil. Imagine pedir para um grupo de pessoas se alimentar bem durante 30 anos e outro grupo manter hábitos alimentares ruins propositalmente. Difícil, né? Além do enorme desafio ético, estudos assim exigem décadas de acompanhamento e investimentos financeiros enormes.

Por sorte, alguns cientistas têm disposição, paciência e recursos suficientes para encarar desafios desse tamanho e achar alternativas que não envolvam pedir para alguém se alimentar errado. E foi exatamente isso que um grupo de pesquisadores fez recentemente ao investigar o impacto da alimentação na longevidade, que no estudo eles chamaram de envelhecimento saudável

O estudo

Esse estudo, publicado em março de 2025 na revista Nature Medicine, acompanhou 105.015 participantes (66% mulheres) por até 30 anos (de 1986 até 2016), que começaram com uma idade média de 53 anos. Os participantes foram recrutados de dois grandes estudos já existentes, reconhecidos pela qualidade dos dados coletados:

  • Nurses' Health Study: composto por enfermeiras mulheres.

  • Health Professionals Follow-up Study: composto por profissionais de saúde homens.

Durante essas três décadas, os participantes preencheram regularmente questionários detalhados de frequência alimentar (QFA). Esses questionários perguntavam sobre a frequência e a quantidade do consumo de diversos alimentos, incluindo frutas, vegetais, carnes, peixes, grãos integrais, bebidas açucaradas, álcool, alimentos ultraprocessados, além do consumo de sódio e gorduras trans. Esses questionários foram reaplicados a cada 4 anos, permitindo aos pesquisadores observar com precisão as mudanças na alimentação ao longo do tempo.

A partir desses questionários detalhados, os pesquisadores avaliaram para cada pessoa a adesão simultânea a oito diferentes padrões alimentares definidos previamente pela literatura científica, recebendo uma pontuação individual para cada dieta. Em seguida, essas pontuações foram usadas para comparar o impacto relativo de cada dieta sobre o envelhecimento saudável. Os padrões avaliados foram:

  • Alternative Healthy Eating Index (AHEI)

  • Dieta Mediterrânea

  • Dieta Vegetariana

  • Dieta predominantemente plant-based saudável

  • Dieta plant-based geral

  • Índice Dietético DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension)

  • Índice de Dieta Inflamatória (Dietary Inflammatory Index)

  • Índice Alternate Mediterranean Diet (variação da dieta mediterrânea tradicional)

O que é envelhecer de forma saudável?

No modelo de saúde atual, que é muito focado na doença e não na prevenção, muitas vezes uma vida saudável é considerada apenas uma vida sem doenças. Essa definição é apenas parcialmente correta. Para este estudo, envelhecer saudável significava chegar aos 70 anos de idade atendendo simultaneamente a quatro critérios rigorosos:

  • Ausência das principais doenças crônicas: câncer, diabetes, doenças cardiovasculares, Alzheimer, Parkinson, doenças pulmonares graves e insuficiência renal.

  • Boa função cognitiva (memória preservada e boa capacidade mental).

  • Boa função física (capacidade de realizar tarefas do cotidiano sem limitações).

  • Boa saúde mental e emocional (baixos níveis de ansiedade e depressão).

Com esses critérios claros, os pesquisadores analisaram rigorosamente como cada um dos oito padrões alimentares se relacionava ao envelhecimento saudável.

O resultado surpreendente

Depois de quase três décadas, os pesquisadores chegaram a resultados muito claros. Dos mais de cem mil participantes avaliados, apenas cerca de 9% atingiram os rigorosos critérios de envelhecimento saudável. Mas a grande descoberta foi que a dieta teve um papel fundamental nessa pequena parcela de sucesso.

Entre todos os oito padrões alimentares analisados, um deles se destacou: a dieta conhecida como Alternative Healthy Eating Index (AHEI).

"A Alternative Healthy Eating Index (AHEI) é um padrão alimentar desenvolvido por pesquisadores de Harvard que enfatiza frutas, vegetais, grãos integrais, gorduras saudáveis e proteínas de alta qualidade, enquanto reduz carnes vermelhas e alimentos ultraprocessados."

Aqueles que tiveram maior pontuação nesse padrão alimentar tiveram 86% mais chance de alcançar os 70 anos com saúde plena, comparados àqueles com os hábitos menos saudáveis. E esse resultado ficou ainda mais expressivo quando os pesquisadores subiram a régua da idade: quem seguiu de perto a dieta AHEI teve mais que o dobro de chance (124%) de atingir 75 anos com boa saúde em relação às pessoas com menor pontuação.

O impacto da comida ultraprocessada

Outro resultado importante foi a correlação negativa com o envelhecimento saudável identificada especialmente no consumo elevado de alimentos ultraprocessados (PUFs). Esses alimentos, ricos em açúcares, gorduras ruins e aditivos artificiais, reduziram significativamente as chances de alcançar uma longevidade saudável.

Você deve estar se perguntando: alguém que come melhor também pode se exercitar mais, certo? E talvez tenha sido justamente o exercício, e não a dieta, que fez a diferença…

Essa é uma ótima pergunta, e os pesquisadores também se preocuparam com isso. Durante toda a análise, eles ajustaram estatisticamente os resultados para controlar justamente fatores como o nível de atividade física, tabagismo, histórico familiar de doenças, consumo de álcool e nível socioeconômico.

Isso significa que os resultados obtidos foram cuidadosamente isolados para refletir especificamente o impacto da dieta — ou seja, o benefício observado não foi fruto do exercício ou de outros hábitos saudáveis isoladamente. A dieta, por si só, mostrou ter um efeito importante na promoção da longevidade saudável.

Como trazer esses resultados para a sua vida?

Pequenas mudanças alimentares no sentido do padrão AHEI podem gerar grandes benefícios para sua longevidade saudável. Veja cinco mudanças simples:

🍽️ Hábito atual

🔄 Troque por isso

🧐 Por quê?

Snacks ultraprocessados (bolachas, salgadinhos, doces industrializados)

Frutas frescas, castanhas, sementes, barras naturais (sem açúcar adicionado)

Menos ultraprocessados (PUFs), mais fibras e nutrientes

Carnes vermelhas e embutidos frequentes

Peixes ricos em ômega-3 (salmão, sardinha, atum), frango sem pele, proteínas vegetais (lentilha, feijão, grão-de-bico)

Redução de doenças cardíacas e inflamação

Óleos vegetais refinados (soja, milho), margarina e gordura hidrogenada

Azeite de oliva extra virgem

Menor inflamação e melhora do colesterol

Refrigerantes e sucos industrializados açucarados

Água com gás com limão/frutas frescas, chá sem açúcar, água pura

Redução do açúcar e risco de diabetes

Sal e temperos industrializados em excesso

Temperos naturais: ervas frescas, especiarias (orégano, manjericão, cúrcuma, pimenta-do-reino)

Melhora da pressão arterial e saúde cardiovascular

Embora pareçam simples, essas pequenas mudanças são exatamente as que o estudo revelou como determinantes para uma longevidade com qualidade, que se alinhados com outros aspectos importantes que já detalhamos aqui (exercício, sono, evitar álcool e tabaco, entre outros) pode ser ainda mais poderoso.

⚠️ Limitações do estudo

Apesar de ser um estudo grande, ele tem, como sempre, limitações: os dados são auto-relatados, todos os participantes eram da área da saúde e muitos padrões e desfechos foram analisados ao mesmo tempo — o que pode gerar resultados por acaso. E é um estudo observacional: mostra associação, não causa e efeito necessariamente.

TECNOLOGIA E A SAÚDE

Menos celular, mais saúde!

Foto por Rami al Zayat na Unsplash

O brasileiro em média passa 5 horas por dia no celular, ou seja, cerca de 1/3 do dia acordado são gastos na frente da tela. No momento de acordar, de ir ao banheiro, na academia, no elevador, no carro, no ônibus, no trabalho, na hora de comer e por aí vai. É um vício. Simples assim.

O problema é que o celular não rouba sorrateiramente apenas o nosso tempo, mas rouba também a nossa longevidade. Se você parar para pensar, não é segredo, tanto que existem muitas iniciativas para coibir o uso de celular por crianças e mesmo entre membros da nossa família. “É proibido levar celular para a mesa na hora de comer”. 

Um novo estudo mostrou o impacto do celular e o que acontece quando fazemos um detox.

O experimento

O estudo foi publicado em março de 2025 na revista científica PNAS Nexus e é um dos mais robustos já feitos sobre o impacto do uso do celular na saúde mental, atenção e bem-estar. Em vez de analisar apenas o comportamento passado das pessoas, os cientistas fizeram um experimento real: mudaram a rotina digital de centenas de voluntários e mediram o impacto.

Foram recrutados 467 participantes nos Estados Unidos e Canadá, todos usuários de iPhone. O objetivo? Testar o que acontece quando bloqueamos o acesso à internet móvel (3G/4G e Wi-Fi) dos celulares por duas semanas. Os celulares viraram praticamente um “tijolão” — funcionando apenas para ligações e mensagens de texto. A internet continuava liberada em outros dispositivos, como computador e tablet.

Esse bloqueio foi feito por um app chamado Freedom, que também registrava se o participante manteve o bloqueio ativo. Isso garantiu que os pesquisadores tivessem uma medição objetiva de adesão à intervenção — algo raro em estudos desse tipo.

Os participantes foram divididos em dois grupos: um começou o bloqueio logo de início (Intervenção), e o outro só fez o bloqueio na segunda quinzena (Controle com intervenção posterior). Isso permitiu comparar resultados e entender se os efeitos persistiam mesmo depois do fim da experiência.

Durante o estudo, os cientistas mediram três principais indicadores:

  • Atenção sustentada, com um teste objetivo chamado gradCPT — que avalia a capacidade de manter o foco por longos períodos.

  • Saúde mental, com base em escalas validadas pela Associação Psiquiátrica Americana, medindo sintomas como depressão, ansiedade, raiva, fobia social e funcionamento da personalidade.

  • Bem-estar subjetivo, definido pela combinação de medidas de satisfação com a vida e afetos positivos e negativos.

Vamos aos resultados.

O que aconteceu com quem fez o detox?

Os efeitos foram claros — e relevantes.

  1. Atenção sustentada aumentou: os participantes que fizeram o detox melhoraram no teste que mede foco contínuo. Os autores destacaram que esse efeito no quesito atenção é equivalente a rejuvenescer o cérebro em 10 anos.

  2. Saúde mental melhorou: usando um índice baseado em escalas do DSM-5 (avaliando sintomas como depressão, ansiedade e raiva), a melhora foi maior que o observado em antidepressivos e semelhante à terapia cognitivo-comportamental, segundo comparações feitas pelos autores.

  3. Bem-estar subjetivo aumentou: o índice que combina satisfação com a vida e afetos positivos/negativos teve um salto relevante — comparável a sair de um estado neutro para um nível leve de satisfação com a vida.

  4. Uso do celular caiu pela metade: no grupo que fez o detox, o tempo médio de tela caiu de 5h14 por dia para 2h41 durante o bloqueio. No grupo controle (que fez o detox depois), a queda foi de 5h36 para 3h10 por dia. E o mais curioso: mesmo após o fim do bloqueio, o uso não voltou totalmente ao patamar anterior.

  5. Outros ganhos relevantes: o bloqueio da internet móvel também levou a:

    • Mais tempo em atividades offline (socializar presencialmente, ir à natureza, praticar hobbies, ler);

    • Maior sensação de autocontrole;

    • Mais sono por noite — em média, +17 minutos.

E o mais impressionante: 91% dos participantes melhoraram em pelo menos um dos três indicadores principais (atenção, saúde mental ou bem-estar subjetivo).

E se a gente também tentasse?

Eu já aprendi que posso ficar um mês sem alguma coisa — ou fazendo algo todos os dias — sem sofrer tanto quanto imaginava. Já cortei chocolate por 1 mês. Duas semanas? Eu encaro. O que será que vai acontecer se eu fizer?

Fiquei curioso e comecei esse desafio há poucos dias. Duas semanas com uso limitado do celular, inspirado diretamente no estudo. Quero descobrir quem controla quem. 

Essas são as minhas regras:

  1. Mídias sociais: apenas via computador, com exceção de ações que só podem ser feitas pelo celular.

  2. Telefone, despertador, Waze, app de banco, app de taxi, música e audiobooks (Audible): liberados.

  3. WhatsApp: só no computador. Esse é, disparado, o mais difícil pra mim.

  4. Youtube: Apenas tablet ou computador

  5. Anotação: Anotações apenas no computador, tablet ou caderno. 

  6. Na hora de comer: celular vai pra mochila ou bolso — mesmo quando estou sozinho. Esse já tenho feito há um tempo.

  7. Livros por perto: deixei espalhados pela casa.

  8. Exceções conscientes: sei que vai acontecer de eu precisar avisar um atraso ou resolver algo urgente. Tudo bem. Nessas horas eu me forço a pensar: “Isso é uma exceção.”

Estou apenas alguns dias nesse experimento e já me peguei no automático abrindo o celular — mas resisti. A primeira sensação? Mais foco. Melhor sono. Mais disposição mental. É como se o cérebro tivesse acabado de sair de uma meditação.

Ao final das duas semanas, vou escrever um debriefing e compartilhar os aprendizados. Mas já posso dizer: vale a pena.

E você? Topa esse desafio? Se sim, bora compartilhar isso com a família e amigos. 

Para quem não quer o detox completo

Nem todo mundo vai conseguir ou querer cortar o celular por duas semanas. Mas se você quiser reduzir o uso no dia a dia, aqui vão ações práticas que realmente funcionam:

  1. Desinstale os apps que te consomem (ou esconda da tela principal)

  2. Deixe o celular fora do quarto à noite

  3. Ative o modo “não perturbe” em blocos de horário

  4. Use o celular em preto e branco — menos dopamina visual

  5. Programe um alarme de tempo de tela para redes sociais

  6. “Crie” zonas livres de celular (mesa, cama, banheiro)

  7. Combine regras com amigos ou família (“sem celular no almoço”)

  8. Acabe com as notificações

Lembre-se: o tempo é nosso bem mais precioso. Ele não volta. Não precisamos sumir — mas podemos, sim, escolher viver mais presentes e com mais intenção.

SONO

Quando o sono ruim desregula a mente

Foto por ChatGPT

Você sabe bem que dormir mal afeta o humor e a disposição no dia seguinte. E que a ciência tem avançado bastante na forma como entendemos e medimos o sono. Um artigo importante publicado em 2024, na Molecular Psychiatry, reforça uma ideia hoje cada vez mais sólida: a relação entre sono e saúde mental vai muito além do cansaço. Ela pode ser causal.

O estudo propôs uma mudança de paradigma. Distúrbios no ciclo circadiano — que envolve tanto a qualidade do sono quanto o funcionamento do nosso relógio biológico — podem não ser apenas sintomas de transtornos mentais como depressão, bipolaridade e esquizofrenia. Eles podem ser parte ativa do seu desenvolvimento.

Não estamos falando apenas de quem dorme pouco. O problema é mais profundo: desajustes no ritmo circadiano  — como sono fragmentado, horários irregulares ou exposição incorreta à luz — afetam regiões do cérebro ligadas à regulação emocional, memória, recompensa e resposta ao estresse.

O que acontece no cérebro?

No nível molecular, o estudo mostra o papel dos genes que controlam nosso relógio biológico e também influenciam funções emocionais e cognitivas. Quando esses genes “perdem o ritmo”, a liberação de neurotransmissores se desregula, afetando o humor, o sono profundo e a estabilidade mental.

Esses mecanismos ajudam a explicar por que:

  • Pessoas com depressão costumam ter sono fragmentado e ritmos biológicos fora de fase;

  • Episódios maníacos no transtorno bipolar estão associados a sono reduzido, enquanto fases depressivas envolvem sono excessivo;

  • A esquizofrenia frequentemente vem acompanhada de ciclos sono-vigília completamente desorganizados.

O que fazer?

Já falamos aqui na Longevidade News sobre o protocolo QQRT, que resume os quatro pilares do sono: Quantidade, Qualidade, Regularidade e Tempo. Agora, o estudo reafirma e amplia as ideias com recomendações práticas que ajudam a proteger a saúde mental:

  1. Consistência nos horários: Dormir e acordar sempre no mesmo horário ajuda a estabilizar o relógio biológico.

  2. Luz natural pela manhã: A exposição à luz solar logo cedo ajuda a sincronizar a produção de melatonina.

  3. Redução de telas à noite: A luz azul dos dispositivos pode atrasar o sono e confundir o cérebro.

  4. Ambiente otimizado: Temperatura, colchão e conforto fazem diferença no sono profundo e restaurador.

  5. Terapias estruturadas: Intervenções como a Terapia Cognitivo-Comportamental para insônia têm mostrado efeito positivo em quadros de ansiedade e depressão.

O sono como alvo estratégico

A mensagem do artigo é clara: dormir bem não é só importante — é preventivo.

Cuidar do sono é cuidar da mente. Pode não parecer óbvio no dia a dia, mas se o seu relógio biológico vive fora de sintonia, o risco de descompasso mental aumenta — às vezes, em silêncio.

Num cenário em que transtornos mentais afetam milhões de pessoas e diagnósticos crescem a cada ano, talvez o sono de qualidade seja um dos caminhos mais eficazes (e negligenciados) para proteger o cérebro.

NOTÍCIAS

O que mais está acontecendo?

💡 Apple prepara “médico de IA” para 2026 com dados do Apple Watch e do iOS. O Project Mulberry será um health coach integrado ao iPhone, capaz de oferecer orientações personalizadas em alimentação, exercício e prevenção, baseado nos dados do usuário. Será mesmo? A Apple já está atrasada com as promessas de soluções de IA que anunciou no lançamento dos seus novos produtos desde o ano passado.

💡 Garmin lança plano premium com IA para personalizar treino e saúde. O Garmin Connect+ oferece insights gerados por IA, orientação de coaches, desafios exclusivos e gráficos comparativos de performance, além de novos recursos sociais. Todas as empresas de wearables correndo pra não ficar para trás.

💡 Rejuve.AI lançou o app Rejuve Longevity, que calcula sua idade biológica e recompensa você com tokens $RJV. A ideia é simples: ao compartilhar seus dados de saúde, você contribui com pesquisas científicas e ainda pode trocar os tokens por produtos e serviços de bem-estar. A aposta é que a descentralização dos dados acelere a busca por terapias que aumentam a saúde ao longo da vida.

💡 Novo exame de sangue detecta Alzheimer e indica o estágio da doença com 92% de precisão. O teste mede uma proteína específica (MTBR-tau243) associada aos emaranhados de tau — e pode ajudar médicos a escolher o tratamento ideal para cada fase.

💡 Um novo relatório global mapeou o setor de clínicas de longevidade. Com base em 82 clínicas de vários países, a pesquisa mostra um setor promissor — mas ainda despadronizado. Falta formação especializada, e muitos protocolos ainda operam sem evidência robusta. Apesar disso, 77% planejam expandir. O futuro dessa medicina depende de mais educação, dados compartilhados e responsabilidade clínica.

💡 A Isomorphic Labs, spin-off da DeepMind focada em descoberta de fármacos por IA, levantou US$ 600 milhões em sua primeira rodada externa. O investimento — liderado pela Thrive Capital com apoio da Alphabet e GV — vai acelerar o desenvolvimento da plataforma que usa o modelo AlphaFold para prever estruturas de proteínas e desenhar novos medicamentos.

VALE SABER

“Sempre acreditei que poderia raciocinar para sair de qualquer situação — criar uma solução. Mas a mente que criou meu problema não consegue resolvê-lo sozinha. É preciso realmente se abrir, deixar as pessoas entrarem e sentir o que antes você não conseguia. É estranho e amedrontador no começo. Mas, se você aprender essas habilidades — encarar o medo ou a vulnerabilidade —, o restante da sua vida se transforma. E foi isso que percebi: é tão importante quanto qualquer tática de saúde física.”

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