Exames, incerteza e o futuro com IA

A falta de conhecimento estatístico gera interpretações erradas e como a IA vai mudar esse cenário

Bom dia. Hoje é feriado prolongado em grande parte do país. Um bom momento para focar em um dos pilares da longevidade: o controle do estresse.
E sabe qual o melhor caminho para isso? Fortalecer outro pilar essencial: a comunidade.Estar cercado por boas relações é um dos fatores mais poderosos para viver mais e melhor.

Aproveite essa edição, foi escrita com muito estudo e carinho. E lembre-se. Gostou? Spread the word!

🔎 RESUMO DA EDIÇÃO DE HOJE (TL;DR)

🧠 Como interpretar seus exames? A sensibilidade pode ser 90%, mas a chance real de ter a doença pode ser só 10%. Um paradoxo explicado pelo Teorema de Bayes e que será transformado com IA, contexto e risco individual. Cuidado com os falsos positivos.

🌤️ Vitamina D pode ajudar na depressão? Uma meta-análise com 31 estudos mostra que sim, mas apenas em quem realmente precisa. Veja qual a dose eficaz, para quem funciona, os riscos das megadoses e por que contexto é tudo.

🎯 Por onde começar sua jornada de longevidade? Antes dos suplementos e biohacks, defina o que “viver melhor” significa para você. O Decatlo do Centenário do Peter Attia ajuda a transformar objetivos em estratégia, e a estratégia certa define as táticas com mais clareza e motivação.

💡 Notícias da semana. Fintechs tem a oportunidade de redesenhar o patrimônio para quem viverá 100 anos. Lilly anuncia a compra da Verve, que desenvolve terapia genética de dose única contra colesterol. Buck Institute adapta imunoterapia do câncer para Alzheimer. Um dos centros mais renomados de ciência na Alemanha propõe focar no envelhecimento. E a McKinsey revela: o mercado de wellness já movimenta US$ 2 trilhões por ano e cresce com foco em personalização, ciência e dados.

📚 Vale Saber. Sequenciaram o genoma de idosos com mais de 80 anos que não tinha doença. A surpresa? A genética não era a causa. A base do envelhecimento saudável parece estar além do DNA.

CONHECIMENTO NECESSÁRIO

Exames, incerteza e o futuro com IA

O grande objetivo da longevidade é ajudar você a viver uma vida melhor e mais longa. Para isso, é fundamental criar planos customizados para a sua realidade, e é por isso que os profissionais de saúde sempre começam com exames e questionários. Eles querem conhecer você por dentro.

E aí entra um debate quente, muito quente: qual é a real pertinência de cada exame? Porque além do custo (que nem vou tratar aqui hoje), existe a acurácia. Se o resultado não for confiável, pode gerar ansiedade e exames em cascata, ou ainda a falsa impressão de que está tudo bem.

Mas afinal...

Qual a chance de eu ter uma doença?

Imagine que 1 a cada 100 mulheres acima de 50 anos, sem outros sintomas, tenha diagnóstico de câncer de mama. Esse número (1%) é chamado de prevalência. Guarde esse dado.

Se uma mulher 50+ faz uma mamografia e aparece um nódulo potencialmente maligno, qual é a chance de ser, de fato, um câncer? Aqui entram duas características fundamentais do exame:

  1. Sensibilidade: a chance de o exame detectar corretamente quem tem a doença.

  2. Especificidade: a chance de o exame identificar corretamente quem não tem a doença.

Vamos assumir que a mamografia tenha sensibilidade de 90% e especificidade de 91%.

Ou seja:

  • A cada 10 mulheres com câncer, 9 terão teste positivo (1 será falso-negativo).

  • A cada 100 mulheres sem câncer, 9 terão teste positivo (falso-positivo).

O “paradoxo” do exame médico

Essa diferença entre o que parece e o que é gera o chamado “paradoxo do exame médico”.

O cientista alemão Gerd Gigerenzer, autor do livro Risk Savvy, apresentou esse exemplo acima a mais de mil ginecologistas, entre 2006 e 2007, com exatamente os mesmos dados do caso acima do câncer de mama. Ele perguntou:

Uma mulher de 50 anos, assintomática, fez uma mamografia que voltou positiva. Qual é a chance de ela realmente ter câncer? Aproximadamente.

E deu quatro opções:

a) 9 em 10 (90%)

b) 8 em 10 (80%)

c) 1 em 10 (10%)

d) 1 em 100 (1%)

80% dos médicos erraram.

A resposta correta é a letra c: 1 em 10 (10%). A conta dá 9,1%.

Mas como assim? Se a sensibilidade é de 90%, como pode ser só 10% de chance de câncer?

A resposta está na prevalência, e também no Teorema de Bayes — um dos fundamentos mais importantes da estatística médica. Lembra desse filme? 

Provando com números:

  • Suponha 1.000 mulheres acima de 50 anos, sem outras informações:

    • 10 terão câncer (1% de prevalência).

    • Com 90% de sensibilidade, 9 dessas 10 terão teste positivo (1 não será detectado).

    • Das 990 que não têm câncer, 9% (falso-positivas) também terão teste positivo, ou seja, 89 mulheres.

Resultado:

98 mulheres terão teste positivo, mas apenas 9 em 98 têm câncer. Isso representa 9,1% de chance — o chamado VPP (valor preditivo positivo). Ou seja, letra c (≈10%). 

O erro mais comum é confundir sensibilidade com chance de ter a doença. O teste é preciso dentro dos seus parâmetros. Mas a interpretação clínica depende do contexto.

A crítica e o futuro com IA?

O próprio Gigerenzer critica o excesso de exames, que segundo ele nasce de um duplo problema: analfabetismo estatístico e medicina defensiva. Isso leva a sobrediagnóstico, ansiedade e procedimentos desnecessários.

Mas há um aspecto muito mais profundo: a prevalência populacional nem sempre reflete o risco real de uma pessoa específica.

Se a paciente tiver histórico familiar e outros dados, por exemplo, seu risco pode ser 4%, não 1%. Isso muda completamente a leitura do mesmo exame. No Teorema de Bayes, isso se chama probabilidade a priori — ou prior — a estimativa inicial antes do resultado.

E é aqui que a inteligência artificial vai mudar tudo.

Com dados clínicos, genômicos, históricos familiares, estilo de vida, microbioma e sensores em tempo real, será possível calcular riscos personalizados com muito mais precisão e velocidade. O VPP de um exame será diferente de pessoa para pessoa, porque cada uma terá seu próprio contexto estatístico.

Grant Sanderson diz que não deveríamos ver os exames como determinantes. Eles não são uma sentença. São formas de atualizar, estatisticamente, nossas chances de diagnóstico. Uma ideia provocativa e contraintuitiva para quem cresceu vendo o exame como um conceito binário. 

Por isso, a pergunta não é “devemos fazer mais exames ou menos?” A pergunta certa é baseada em risco e retorno.  A longevidade, com sua visão proativa, preditiva e personalizada, vai exigir mais exames e muito mais dados (isso é certeza por definição), mas também mais inteligência, mais cautela e mais capacidade de lidar com incertezas.

SAÚDE MENTAL

O que a ciência diz sobre vitamina D e depressão

Ao longo dos últimos anos, uma pergunta tem aparecido com frequência em consultórios e artigos científicos: será que a vitamina D pode ajudar na depressão?

A resposta tem ficado cada vez mais clara. Uma meta-análise publicada no final de 2024 reuniu 31 estudos clínicos randomizados e controlados, o padrão ouro da ciência, envolvendo mais de 24 mil adultos, a maioria com diagnóstico de depressão. A conclusão? A suplementação de vitamina D realmente reduz sintomas depressivos. E quanto maior a dose (até certo limite), maior o efeito. Mas, como tudo na saúde, os detalhes importam e muito.

Vitamina D e depressão: o que a ciência mostra

Estudos observacionais mostraram que baixos níveis de vitamina D estão associados à depressão. No entanto, ensaios clínicos randomizados nunca foram consistentes em mostrar que suplementar vitamina D realmente melhora os sintomas depressivos.

O diferencial desta nova meta-análise é justamente isso: trazer uma análise de dose-resposta, capaz de mostrar se existe relação entre a quantidade suplementada e o tamanho do efeito clínico. Os pesquisadores queriam entender não apenas se a vitamina D funciona, mas quanto dela é necessário para obter um efeito real.

O resultado é interessante:

  • Com 1.000 UI por dia, há uma pequena melhora.

  • Com 5.000 UI por dia, a melhora é aproximadamente três vezes maior.

  • Acima de 8.000 UI/dia, os dados se tornam instáveis, com grande margem de erro.

Essa progressão não é linear. Acima de 5.000 UI/dia, os benefícios começam a diminuir, o que sugere um “teto” de resposta.

Mas isso vale para todo mundo?

Não. E esse é um ponto central que a gente aqui na Longevidade News insiste em destacar: nem toda intervenção serve para todo mundo. Os maiores benefícios da vitamina D foram observados apenas em pessoas com:

  • Diagnóstico de depressão

  • Baixos níveis de vitamina D no sangue (abaixo de 30 ng/mL)

  • Uso por tempo curto ou moderado (até 24 semanas)

Nos estudos que incluíram participantes sem depressão ou com níveis adequados de vitamina D, não houve benefício estatisticamente relevante. Isso reforça um princípio fundamental da longevidade personalizada: contexto é tudo. Não basta saber que “funciona”. É preciso saber para quem, em que dose, por quanto tempo.

O risco das megadoses

Ao ver que 5.000 ou 8.000 UI/dia parecem funcionar melhor que 1.000, muita gente pode pensar: "vou tomar mais, então". Mas calma.

A dose recomendada para adultos varia, mas está entre 400–800 UI/dia. A dose máxima tolerável segura é de 4.000 UI/dia, segundo algumas agências internacionais.

Doses acima disso por longos períodos podem aumentar o risco de problemas renais e afetar a regulação do cálcio no corpo. Ou seja: excesso também é tóxico, por isso é fundamental ter apoio de um profissional de saúde. 

Entre o hype e a evidência

A vitamina D é tratada como um “supernutriente” e de fato tem muitos benefícios. Agora, os dados mais robustos mostram que seu papel em sintomas de depressão é real, mas depende do perfil da pessoa, da dose e do tempo de uso. Para quem busca longevidade com saúde mental preservada, é importante começar a olhar para o que a ciência atual realmente mostra.

Suplementar por conta própria, sem avaliação, pode ser perigoso. Ignorar uma deficiência real, também. A boa saúde não se constrói no impulso. Ela é feita de decisões informadas, personalizadas e sustentadas no tempo.

Mas às vezes, mais do que suplementar, o melhor começo é sair de casa, respirar fundo e deixar o sol bater na pele. A natureza continua sendo uma das melhores fontes de saúde.

⚠️ Importante

Nenhum suplemento, por mais promissor que seja, substitui o cuidado profissional. Os dados mais recentes mostram que a vitamina D pode ajudar a reduzir sintomas depressivos em algumas pessoas, especialmente quando esses sintomas são avaliados por escalas clínicas padronizadas. Isso não significa, porém, que ela cure a depressão ou substitua o tratamento adequado.

Se você sente tristeza persistente, apatia ou qualquer outro sintoma de depressão, procure ajuda especializada. Estar amparado é parte essencial do tratamento e também da construção da longevidade com saúde mental fortalecida.

COLOCANDO EM PRÁTICA

Longevidade: Por onde começar?

A maioria das pessoas quer viver mais e melhor, óbvio! Mas poucas pensam de forma estratégica sobre isso. Somos bombardeados diariamente com "hacks" de vida, suplementos e exercícios milagrosos que prometem prolongar e melhorar nossos dias. É tentador embarcar nessas soluções rápidas. Eu mesmo já caí nessa armadilha inúmeras vezes.

Mas há um problema com essa abordagem: ela coloca táticas na frente da estratégia. Peter Drucker definiu assim "Gestão (táticas) é fazer as coisas de maneira correta e liderança (estratégia) é fazer as coisas certas". Peter Attia se aproveitou desse conhecimento e usou como método para direcionar os esforços de seus pacientes na busca por longevidade e publicou em seu livro Outlive:

 Objetivos → Estratégia → Táticas

Nesse sentido, aqui na Longevidade News, incentivamos as pessoas a buscarem: "Viver mais e melhor, com propósito e performance.” É um bom ponto de partida, mas precisa ser aprofundado. O filósofo Immanuel Kant disse que a verdadeira liberdade vem de agir com a motivação correta. No contexto da longevidade, isso significa compreender "por que” você quer viver mais, antes de definir o “como, recentemente falamos sobre como começar a pensar sobre isso.

O que "melhor" significa para você? Que tipo de desempenho importa? O conceito do "Decatlo do Centenário", de Peter Attia, pode ajudar a esclarecer isso. Ele apresenta uma lista longa a seus pacientes, perguntando quais dessas atividades são fundamentais para eles aos 100 anos de idade, veja aqui algumas:

  • Caminhar 2,4 km em uma trilha com subidas.

  • Levantar do chão sem ajuda, usando no máximo um dos braços como apoio.

  • Pegar uma criança pequena do chão.

  • Carregar duas sacolas de compras de 2,3 kg cada por cinco quarteirões.

  • Levantar uma mala de 9 kg até o compartimento superior de um avião.

  • Manter-se em equilíbrio sobre uma perna só por 30 segundos, de olhos abertos ou fechados.

  • Ter relações sexuais.

  • Subir quatro andares em até três minutos.

  • Abrir um pote de vidro.

  • Pular corda 30 vezes seguidas.

Com os seus objetivos claros, você pode desenvolver uma estratégia. Por exemplo, para percorrer a trilha com subidas (item 1) aos 100 anos, você precisa ter um VO2max de ≈ 30. Ou seja, sabendo que seu VO2max reduz ao longo da vida, qual deve ser o seu VO2max hoje para que, com o declínio esperado, você ainda consiga fazer isso aos 100? É assim que é criado um plano. Sem chutes, baseado em ciência. 

Sua estratégia precisa ser personalizada

Sua genética, sua saúde atual, seu estilo de vida, as causas que foram responsáveis pela morte de familiares próximos — todos esses fatores e muitos outros tornam sua jornada de longevidade única. Por isso, uma análise pessoal sobre seus riscos é essencial. Identificar esses riscos específicos é fundamental para criar uma estratégia eficaz.

Talvez você esteja sedentário, talvez tenha uma hérnia, asma ou diabetes; talvez tenha pressão e/ou colesterol alterado; ou talvez esteja 100% saudável e só precise prevenir doenças baseadas no seu histórico familiar e DNA. Perceba, é complexo, por isso, nesse momento é ideal buscar um bom médico que fará as perguntas corretas. 

Somente após responder a essas perguntas você conseguirá, junto com os profissionais que cuidam da sua saúde, definir táticas efetivas como: Quais tipos de exercícios priorizar, quais outros profissionais você precisa buscar, que mudanças de hábitos fazer, quais tratamentos precisa iniciar, entre muitos outros — tudo dentro de uma estratégia personalizada. E lembre-se comece fazendo algo que você tenha afinidade, pois a parte mais difícil é manter o hábito. 

Isso significa que você deve esperar para implementar hábitos saudáveis? Pelo contrário! Comer bem, dormir melhor, praticar atividades físicas e reduzir o estresse são táticas globais que todos deveriam adotar desde já. 

Essa abordagem traz a liberdade que Kant descreveu. Você não estará seguindo modismos cegamente, mas fazendo escolhas fundamentadas em um entendimento profundo dos seus objetivos e do seu corpo, investindo seu tempo e dinheiro no que realmente importa para você. 

É um caminho mais trabalhoso. Exige mais reflexão, mais intenção, mais proatividade. Mas é também o que separa quem apenas torce por uma vida melhor de quem realmente está executando um plano para viver bem até o fim.

NOTÍCIAS

O que mais está acontecendo?

💡 O World Economic Forum publicou uma análise sobre como fintechs podem adaptar o planejamento financeiro à longevidade. Com vidas de 100 anos, o modelo tradicional de aposentadoria fica obsoleto. A saída pode estar em IA, robo-advisors e nudges comportamentais.

💡 A Forbes publicou uma nova análise sobre o mercado da longevidade, relembrando os principais destaques do Healthspan Summit da Hevolution: bilhões em investimento, GLP-1 como aposta imediata, pesquisas inspiradas em animais de vida longa como baleias e ratos-toupeira-pelados, e a meta ambiciosa de democratizar intervenções para 8 bilhões de pessoas. Uma corrida que já começou.

💡 O Buck Institute desenvolveu células imunes com tecnologia CAR (usada em câncer) para detectar formas tóxicas de beta-amiloide e tau no Alzheimer. A meta é levar medicamentos diretamente às lesões cerebrais com precisão e menos efeitos colaterais. E mais: os cientistas divulgaram todas as sequências genéticas usadas, acelerando o desenvolvimento de terapias por outros grupos no mundo.

💡 Um novo relatório da McKinsey mostra como Geração Z e millennials estão redefinindo o mercado global de wellness, que já movimenta US$ 2 trilhões por ano. Com foco crescente em nutrição funcional, longevidade, saúde mental e estética, esses grupos puxam tendências que rapidamente se tornam mainstream. Conheça os 6 grandes vetores de crescimento apontados pela consultoria nesta análise.

💡 A farmacêutica Eli Lilly anunciou a aquisição da Verve Therapeutics por até US$ 1,3 bilhão. O objetivo: acelerar o desenvolvimento de terapias genéticas de dose única para reduzir o risco cardiovascular ao longo da vida. O destaque é o VERVE-102, um tratamento pioneiro que desliga permanentemente o gene PCSK9. A promessa é clara: transformar o cuidado crônico em cura com uma única aplicação.

💡 A Academia Alemã de Ciências Leopoldina, fundada em 1652 e referência em aconselhamento científico, propôs uma mudança importante: focar na biologia do envelhecimento, e não apenas nas doenças. O paper defende biomarcadores, reprogramação celular e bancos de dados multiômicos como estratégias para intervenções geroprotetoras. A ideia é objetiva: transformar a medicina em uma aliada da longevidade saudável.

💡 A startup Aneira Health foi lançada no Reino Unido com uma proposta ambiciosa: reinventar o cuidado com a saúde feminina. Combinando biologia computacional, IA e diagnóstico de precisão, o modelo integra prevenção, hormônios e doenças crônicas como endometriose e menopausa. Fundada por líderes como a geneticista Cecilia Lindgren e com parceria com o NHS, a iniciativa promete reduzir desigualdades históricas e melhorar o cuidado baseado em evidências.

VALE SABER

“Em 2008, criamos um projeto de pesquisa chamado “Wellderly” para estudar pessoas com pelo menos oitenta anos que nunca haviam ficado doentes ou tido uma doença crônica. Levamos quase seis anos, no Scripps Research, para encontrar mil e quatrocentas pessoas que se encaixassem nessa definição extrema de envelhecimento saudável e que consentissem em participar — o que significava fornecer uma amostra de sangue para que os três bilhões de letras de seu genoma fossem sequenciadas. Nossa hipótese era de que havia algo em seus genes que explicaria como essas pessoas apresentavam uma saúde tão excepcional. Não estou falando de expectativa de vida ou longevidade. Esses medem o número total de anos que uma pessoa vive, enquanto healthspan é o número de anos vividos com saúde ideal, sem limitações causadas por doenças ou deficiências. Acontece que estávamos errados. Apesar da tarefa árdua e cara de sequenciar e interpretar genomas inteiros há alguns anos, não havia muito em seu DNA que explicasse a base do envelhecimento saudável.”

— Fonte: Super Agers - Eric Topol

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