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A incrível história de uma promessa
O melhor conteúdo semanal sobre como viver mais e melhor

Bom dia! Nem todos os dias saem exatamente como planejamos, mas, como já disse uma treinadora famosa de natação: "Faça o melhor que você tem para hoje”.
"Um corpo saudável, uma mente tranquila, uma casa cheia de amor. Essas coisas não podem ser compradas — elas precisam ser conquistadas." – Naval Ravikant
PLÁSTICO
Microplásticos: Inimigo invisível da longevidade?

Foto de Jan van der Wolf
Este é um daqueles temas difíceis de abordar, mas que precisam ser discutidos. Por quê? Porque o que sabemos sobre microplásticos e seus impactos na saúde ainda está em estágio inicial, e há um volume crescente de informações que parecem exagero.
Não, a ciência ainda não provou causalidade direta entre o acúmulo de micro e nanoplásticos (MNPs) no corpo e doenças específicas, mas existem correlações. Mas vamos concordar: quem realmente quer partículas de plástico acumulando no cérebro, nos órgãos reprodutivos e em outros tecidos vitais? Não parece ser um bom negócio.
O objetivo não é ser alarmista. O objetivo é compartilhar o que já sabemos, com base na ciência, e oferecer maneiras práticas de reduzir sua exposição.
O que são microplásticos e nanoplásticos e onde estão?
Microplásticos (menos de 5 mm) e nanoplásticos (menos de 1 micrômetro) são fragmentos resultantes do desgaste ou da decomposição de materiais plásticos maiores. Essas partículas são compostas por polímeros sintéticos, como BPA, BPS, ftalatos e PFAS, conhecidos disruptores endócrinos. Eles são absorvidos pelo corpo por vias como ingestão, inalação e até mesmo contato com a pele.
E onde eles se armazenam dentro de nós? Basicamente, em todo lugar.
O que mais preocupa é o fato de que MNPs têm sido detectados em tecidos protegidos, como cérebro, testículos e placenta, atravessando barreiras biológicas antes consideradas impenetráveis. Tudo isso visto em necrópsias.
Os possíveis impactos na saúde
Embora as pesquisas ainda estejam no início, os estudos existentes apontam para correlações preocupantes:
Riscos cardiovasculares: Em um estudo com pacientes submetidos a cirurgias arteriais, a presença de microplásticos em placas foi associada a um aumento de 353% no risco de infarto, AVC ou morte.
Disruptores endócrinos: Substâncias como BPA interferem na regulação hormonal, aumentando riscos para o metabolismo e a reprodução.
Inflamação e estresse oxidativo: Estudos em modelos animais sugerem que essas partículas podem causar danos celulares, prejudicar o microbioma intestinal e provocar respostas inflamatórias no organismo.
Ainda há muito a ser compreendido, mas os dados já apontam para a necessidade de ação.
Principais fontes de exposição
Você está se expondo aos MNPs diariamente de várias formas:
Água potável: Partículas são encontradas tanto na água engarrafada quanto na da torneira. No entanto, um estudo da OMS mostra que a água armazenada em garrafas PET pode conter até 10x mais partículas do que em “água torneiral”.
Embalagens alimentares: Plásticos usados para armazenar alimentos liberam partículas, especialmente quando aquecidos ou expostos ao sol.
Ar: Fibras de roupas sintéticas, poeira doméstica e partículas de pneus são inaladas constantemente.
Você já percebeu. Evitar completamente é praticamente impossível, por isso não adianta ficar paranoico. O que fazer então?
Como reduzir sua exposição
Embora seja impossível eliminar completamente os microplásticos da sua rotina, algumas mudanças simples podem reduzir a exposição:
Armazenamento:
Use recipientes de vidro no lugar de plásticos para armazenar alimentos.
Prefira garrafas reutilizáveis de materiais como inox ou vidro para beber água.
Troque copos de plástico por copos de vidro
Durante o treino, hidratar é muito importante, então prefira garrafas de inox.
Preparo de alimentos:
Não aqueça alimentos em recipientes plásticos.
Prefira usar panelas de cerâmica e ferro fundido
Filtragem Ultrapower:
Para eliminar MNPs da água que bebemos do filtro de casa, o ideal seria usar filtros de osmose reversa com remineralizador (a osmose reversa retira da água inclusive os eletrólitos), mas isso exige alto investimento.
Existe como o corpo eliminar microplásticos?
Seu corpo possui mecanismos naturais de defesa e detoxificação, mas eles têm limites. Aqui estão algumas formas de ajudar o processo:
Consumo de alimentos crucíferos: O fígado metaboliza toxinas usando enzimas que podem ser estimuladas pelo consumo de alimentos ricos em sulforafano, como brócolis e couve. Prefira cru ou levemente cozido no vapor.
Fibras na dieta: Elas auxiliam na eliminação de partículas pelo trato digestivo.
Suar: A transpiração é uma das formas naturais de expelir toxinas do corpo.
Suplementação de sulforafano: Estudos indicam que doses de até 10mg de sulforafano já podem ser eficazes, mas consulte um profissional antes de adotar. Inclusive essas quantidade já podem ser atingidas via alimentação de qualidade.
Discussão apenas começando
A discussão sobre microplásticos ainda está em seus primeiros capítulos. Novas tecnologias para detecção e estudos sobre seus efeitos na saúde estão surgindo, mas há muito para evoluir. Enquanto isso, a melhor abordagem é a prevenção e o consumo consciente. Reduzir o uso de plásticos descartáveis não só minimiza sua exposição como também contribui para a sustentabilidade do planeta.
Serendipidade
De forma supercoordenada, Peter Attia em seu AMA e Rich Roll entrevistando Rhonda Patrick soltaram conteúdos sobre o assunto microplásticos essa semana. Coincidência? Vai saber.
NUTRIÇÃO
Vegetais crucíferos: Você deveria conhecer

Foto de Don Ricardo na Unsplash
E se você pudesse incluir na sua alimentação um grupo de vegetais capaz de proteger o coração, melhorar a função do fígado e com chances de reduzir o risco de câncer? Essa é a “proposta” dos vegetais crucíferos, uma categoria de alimentos com um baita nome estranho, mas que na prática todo mundo conhece. Mas será que todos comem?
O que são vegetais crucíferos e quais os tipos mais comuns?
Os vegetais crucíferos pertencem à família Brassicaceae, famosos não só por seu sabor marcante, mas principalmente pelos benefícios à saúde. Entre os tipos mais conhecidos estão:
Brócolis
Couve-flor
Couve
Couve-de-bruxelas
Repolho
Rúcula
Agrião
Nabo
Mostarda
Cada um deles carrega propriedades únicas, mas todos compartilham compostos bioativos que promovem saúde e longevidade.
Por que os vegetais crucíferos são importantes?
O destaque dos vegetais crucíferos está na combinação de compostos bioativos que oferecem benefícios únicos:
Propriedades anticâncer: Crucíferos contêm glucosinolatos, que se transformam em compostos como o sulforafano, conhecido por ativar enzimas protetoras no fígado e reduzir a inflamação. Uma meta-análise apontou que pessoas que consomem mais crucíferos têm um risco 17% menor de desenvolver câncer de pâncreas, especialmente em estudos realizados nos Estados Unidos. Contudo, é importante notar que esses resultados precisam de mais validação devido à qualidade metodológica de alguns estudos.
Benefícios cardiovasculares: Um estudo recente mostrou que o consumo diário de crucíferos, como brócolis e couve-flor, pode reduzir a pressão arterial em até 2,5 mmHg. Esse efeito é atribuído principalmente aos glucosinolatos e seus metabólitos, como o sulforafano, que ajudam a melhorar a saúde vascular e a reduzir inflamações. Embora pareça uma redução pequena, ela pode levar a uma diminuição de até 5% no risco de eventos cardiovasculares graves, como infartos e AVCs.
Ricos em nitratos naturais: Vegetais como rúcula e agrião são excelentes fontes de nitratos, que no corpo são convertidos em óxido nítrico. Essa molécula dilata os vasos sanguíneos, melhorando ainda mais o fluxo sanguíneo e reduzindo a pressão arterial além dos efeitos já observados nos glucosinolatos. Por isso, pacientes que utilizam medicamentos para pressão alta devem conversar com um médico para evitar interações e quedas bruscas na pressão arterial. Além disso, os nitratos aumentam a eficiência no uso de oxigênio pelo corpo, beneficiando tanto a saúde cardiovascular quanto o desempenho físico em atividades intensas.
Nota
Um vídeo recente do Peter Attia abordou sobre como consumo de beterraba (fonte de nitratos) pode contribuir para o aumento do VO2max. Vale lembrar que a rúcula, além de ser um vegetal crucífero, contém quatro vezes mais nitratos por grama do que a beterraba. #ficadica
Ação detox: Auxiliam no processo natural de detoxificação do corpo, apoiando a metabolização de toxinas por meio de enzimas de fase 2 que transformam toxinas em substâncias menos tóxicas por meio do sulforafano. É aqui, inclusive, que ajuda na limpeza de MNPs.
Riqueza em fibras: Melhoram a saúde intestinal, promovem saciedade, ajudam na eliminação de resíduos e na redução de colesterol.
Quanto consumir por dia e de que forma?
Especialistas recomendam incluir uma porção de vegetais crucíferos em pelo menos uma refeição por dia, o que equivale a cerca de 100-150 gramas diárias. Porém, a forma de preparo faz toda a diferença:
Consumo cru:
É a melhor forma de preservar o sulforafano, já que ele é sensível ao calor.
Opções como rúcula e agrião são excelentes para saladas, e mantém todos os benefícios. Rúcula é inclusive um dos alimentos com a maior quantidade de nitrato por grama que existe.
Cozimento leve:
Vegetais como brócolis, couve-flor e couve-de-bruxelas devem ser cozidos no vapor até ficarem al dente. Isso mantém o sabor e a textura, preservando boa parte dos compostos bioativos.
Evite ferver por longos períodos, pois isso pode destruir nutrientes importantes.
Incluir vegetais crucíferos na sua alimentação é uma decisão simples, que pode ajudar muito. Nem todo mundo gosta do sabor e da textura, mas vale a pena experimentar alternativas que possam agradar ao seu paladar. E lembre-se de comprar de um local de confiança e que esteja fresco.
CIÊNCIA
Rapamicina: A história fascinante de uma grande promessa

Foto de Diego Gonzalez
Talvez você não tenha escutado esse nome, sem problemas, mas essa é uma das moléculas mais impressionantes quando se fala em proteção aos efeitos do envelhecimento (geroprotetores). A história é digna de filme, os efeitos em testes com animais são incríveis e a cascata de aprendizados que mexeu com a comunidade científica é avassaladora.
Senta que lá vem história
Tudo se inicia em um dos lugares mais isolados do planeta: a Ilha de Páscoa, ou Rapa Nui, como a chamam pelos nativos. Essa pequena ilha formada por vulcões extintos é famosa por seus misteriosos moais – as estátuas gigantes que vigiam o horizonte. Mas, além das lendas, esse lugar guardava um segredo que mudaria o curso da ciência da longevidade.
Em 1964, uma expedição canadense desembarcou na ilha, atraída não apenas pela paisagem única, mas também pelas propriedades místicas que os habitantes locais atribuíam ao solo de um antigo lago vulcânico. Foi lá que coletaram uma amostra de terra – nada muito impressionante à primeira vista. Porém, ao ser analisada anos depois por Suren Sehgal, um bioquímico da farmacêutica canadense Ayerst, essa amostra revelou um composto produzido por uma bactéria do solo chamada Streptomyces hygroscopicus. Suren batizou o composto de rapamicina, em homenagem ao nome nativo da ilha, e iniciou os testes laboratoriais.
No entanto, antes de ela mostrar seu potencial, alguns anos depois, o laboratório foi fechado, e Sehgal recebeu ordens para destruir todas as amostras. Mas, ao invés de obedecer, ele decidiu salvar o que considerava uma descoberta promissora. Escondeu um frasco em sua casa. E ele estava certo.
Anos depois ele recomeçou a pesquisa e passado outros anos, a rapamicina mostrou ser uma arma no campo da medicina. Em 1999, ela foi aprovada pelo FDA (agência reguladora dos EUA) como um imunossupressor, ajudando pacientes transplantados a evitar a rejeição de órgãos. No Brasil, ela é conhecida como sirolimo e continua sendo utilizada em tratamentos de alguns transplantes.
Mas a história não termina aqui. Tudo mudou em 2009, quando um estudo publicado na revista Nature revelou algo surpreendente: a rapamicina não era apenas um imunossupressor, mas também podia prolongar a vida de mamíferos, abrindo caminho para um novo capítulo na ciência da longevidade.
Os estudos revolucionários e o papel do mTOR
Esse estudo mudou o que se sabia sobre a rapamicina. Pesquisadores descobriram que essa molécula, já conhecida por seus benefícios como imunossupressor, tinha a capacidade, como dito acima, de prolongar a vida de mamíferos. O que surpreendeu ainda mais foi o fato de que os testes começaram em camundongos de meia-idade – um equivalente a humanos com cerca de 60 anos – e ainda assim os resultados foram impressionantes. As fêmeas viveram, em média, 13% a mais, enquanto os machos ganharam 9% de longevidade extra.
Esse efeito está diretamente ligado ao impacto da rapamicina na via do mTOR (mechanistic target of rapamycin), um dos mecanismos celulares mais importantes e conservados na evolução. Presente em quase todas as formas de vida, do fermento aos humanos, o mTOR funciona como um "sensor metabólico", regulando o crescimento celular e o metabolismo com base na disponibilidade de nutrientes:
Quando os nutrientes são abundantes, o mTORC1, uma das formas do complexo mTOR, é ativado e promove o crescimento celular e a síntese de proteínas.
Quando os nutrientes estão escassos, o mTORC1 é reprimido, e as células entram em um estado de "reciclagem", ativando processos como a autofagia – essencial para a renovação celular.
A rapamicina atua inibindo o mTORC1, um dos dois complexos formados pelo mTOR. Essa inibição promove benefícios como a limpeza celular (autofagia) e a desaceleração do envelhecimento celular. Já o mTORC2, outro complexo que também depende do mTOR, está envolvido em processos cruciais, como a sobrevivência celular e a regulação da glicose. No entanto, a inibição do mTORC2 ocorre apenas após longos períodos de exposição à rapamicina, o que pode gerar efeitos colaterais mais complexos e menos compreendidos.
O impacto e os desafios atuais
O potencial da rapamicina despertou tanto interesse que hoje ela é objeto de estudos em diversas áreas, como doenças neurodegenerativas (ex.: Alzheimer) e condições relacionadas ao envelhecimento. Além disso, projetos como o Dog Aging Project investigam como ela pode prolongar a vida e melhorar a saúde de cães, fornecendo insights valiosos para aplicações humanas.
Entre os estudos mais impressionantes, está o liderado pela Dr. Joan Mannick, que testou o uso de um derivado da rapamicina, o everolimo, em idosos com mais de 65 anos. O estudo demonstrou que pequenas doses da substância durante 6 semanas foram capazes de melhorar significativamente a resposta imunológica dessas pessoas, especialmente contra a gripe. Esse achado foi considerado transformador no campo da longevidade, pois mostrou, pela primeira vez, que é possível rejuvenescer um sistema orgânico humano – no caso, o sistema imunológico – através de uma intervenção farmacológica. Baita potencial para a longevidade.
No entanto, um desafio bem importante permanece: por ser uma molécula antiga, não é mais protegida por patentes, por isso há menor incentivo financeiro para grandes investimentos em pesquisas. A vida como ela é. Apesar disso, a comunidade científica continua avançando, explorando dosagens, efeitos e aplicações.
Essa história é um bom lembrete de como a ciência pode transformar nossa visão sobre o envelhecimento e a saúde. Que nunca percamos esse otimismo! Ainda que os desafios sejam grandes, as descobertas até agora são promissoras e abrem caminho para intervenções que podem mudar a forma como envelhecemos. Enquanto os estudos continuam, ficamos com uma mensagem de esperança: nesse novo e vasto mundo da longevidade estamos prestes a ter grandes descobertas.
NOTÍCIAS
O que mais está acontecendo?
💡 O maior estudo proteômico da história foi lançado! O UK Biobank vai analisar 5.400 proteínas em 600 mil amostras, revelando como mudanças nos níveis de proteínas ao longo da vida influenciam doenças. Um marco para diagnósticos, tratamentos e longevidade.
💡 Inteligência Artificial na biotecnologia. OpenAI desenvolveu o modelo GPT-4b micro, que reprograma proteínas Yamanaka até 50x mais eficientes. A colaboração com a Retro Biosciences pode revolucionar terapias de longevidade e regeneração celular.
💡 Obesidade: doença ou fator de risco? Com a ascensão de medicamentos GLP-1, 56 médicos iniciaram um debate: quem entre os obesos deve ser tratado?
💡 Longevidade centenária no Brasil. A Hapvida e a USP iniciam um estudo para entender como genética, estilo de vida e cuidados médicos influenciam a longevidade.
💡 Cães e longevidade. O PAMEC, inspirado no Dog Aging Project, busca melhorar a saúde de cães policiais no Brasil com rapamicina, dapagliflozina e coleiras inteligentes. Ciência para prolongar e melhorar a vida dos nossos amigos quadrúpedes.
💡 Edição epigenética. A Tune Therapeutics, startup de Seattle, capta US$175 milhões para evoluir ensaios clínicos de sua tecnologia de edição epigenética, focada em Hepatite B.
💡 Parceria na saúde cardíaca. A Ultrahuman e a InsideTracker lançam o Blood Vision nos EUA, plataforma que combina wearables avançados, com análises personalizadas de biomarcadores para melhorar a saúde cardiovascular e promover a longevidade.
VALE SABER
"Não é o crítico que importa; nem a pessoa que aponta como alguém tropeça, ou onde quem faz algo poderia ter feito melhor. O crédito pertence à pessoa que está de fato na arena, cujo rosto está manchado de poeira, suor e sangue; que luta bravamente; que erra, que falha repetidamente, porque não há esforço sem erros e falhas; mas que realmente se esforça para realizar as ações; que conhece os grandes entusiasmos, as grandes devoções; que se entrega a uma causa digna; que, no melhor dos casos, conhece no final o triunfo de uma grande conquista, e que, no pior, se falhar, ao menos falha ousando grandemente, para que seu lugar jamais seja com aquelas almas frias e tímidas que não conhecem nem vitória nem derrota."
– Theodore Roosevelt
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